Matéria sobre o Sincronário no Globo Repórter

Perto de Canela, na Serra Gaúcha, o movimento Sincronário da Paz recebe pessoas do país todo, interessadas em aprender fundamentos de um novo calendário: o Sincronário das 13 Luas, inspirado na civilização maia.

http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2012/02/para-grupo-novo-calendario-pode-ser-solucao-para-os-conflitos-do-planeta.html

Isabela Assumpção Canela, RS

Longe da agitação das grandes cidades, descobrimos gente que já está em busca dessa transformação e que experimenta uma forma alternativa de viver. Estamos na Serra Gaúcha, perto da cidade de Canela. Na entrada do sítio, vemos uma bandeira enigmática. É o símbolo de um movimento denominado Sincronário da Paz.

O coordenador do grupo, Andre Staehler, segue uma rotina simples, bem natural, que lembra o ideal hippie dos anos 60. Ele fica com os pés descalços para sentir a terra, e a comida que ele colhe segue da horta direto para a cozinha.

Nesse pequeno pedaço de paraíso, o gaúcho idealista recebe pessoas do Brasil inteiro, todas interessadas em aprender os fundamentos de um novo calendário: o Sincronário das 13 Luas, inspirado na civilização maia.

Para o grupo, essa nova forma de contar os dias pode ser a solução para acabar com tantos conflitos no planeta. “O calendário lunar, das 13 luas que giram ao redor da Terra durante um ano, influencia no ciclo biológico feminino. Por isso, a mulher menstrua 13 vezes durante o ano. Ao sintonizar com essa frequência natural de tempo, nós recuperamos a harmonia natural do ser humano, que nós perdemos ao longo dos anos”, afirma André Staehler.

A advogada Caroline Ruschel vive em dois calendários. A agenda de trabalho é regida pelo convencional, em que há prazos no mundo das leis, mas a rotina pessoal é baseada na contagem do sincronário, que inclui uma meditação diária.

Ela explica o que o sincronário mudou nela: “a conexão do meu eu com o planeta, com a natureza. A minha conexão muda. Mas é uma forma que eu encontrei para, de repente, ficar menos doente, para não ficar depressiva. Então, é uma forma de cura pessoal”.

Viver mais próximo da natureza, acompanhar o ritmo das águas, as fases da lua, a velocidade de um novo tempo: para quem pertence a esse movimento, que já tem mais de dez mil adeptos em todo o Brasil, o 21 de dezembro desse ano não é a data fatal para o planeta, mas o começo de uma nova era.

“O mundo não vai acabar. Eu acredito que vai acabar a forma como nós interagimos no mundo. Do terror, nós vamos interagir com o amor. Do terror ao amor, já é o fim do mundo, é o fim da miséria, é o fim da desgraça, é o fim da violência, é o fim de muitas coisas”, afirma o coordenador do grupo.

André acredita nas forças magnéticas do alinhamento planetário, uma onda de energia capaz de intensificar a evolução espiritual da humanidade. “O ser humano está evoluindo, como todo o universo está evoluindo”, declara André.

Globo Repórter: Não tem a menor chance de o mundo acabar nesse dia?
André Staehler, coordenador do grupo: Não tem a menor chance de o mundo acabar. O que acaba é essa cultura destrutiva que nós vivemos por uma cultura pacifica, construtiva, radiante e feliz.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress
Carrinho0
Seu carrinho está vazio =(
Continuar Comprando
0